Publicada pela Folha no fim de julho deste ano, a pesquisa “Cost of Data Breach”, promovida pela IBM e pelo Instituto Ponemon traz importantes informações acerca dos impactos econômicos do vazamento de dados pelas empresas.
Segundo o levantamento realizado, o Brasil, nos primeiros 6 meses de 2019, ocupa a 4ª posição no ranking de regiões com maior volume de informações vazadas. Constatou-se que, em cada um dos incidentes ocorridos no país, vazou-se uma média de 26.523 registros de informações, ficando atrás apenas do Oriente Médio (38.99), Índia (35.636) e EUA (32.434).
Segundo os dados levantados, o custo médio suportado pelas empresas em cada evento de vazamento de dados no Brasil é de 1,35 milhões de dólares, algo em torno de 5,4 milhões de reais.
Em relação aos setores mais afetados, a pesquisa verificou que a área da saúde é quem mais sofre com os eventos de vazamento de dados, sofrendo financeiro impacto médio de 6,45 milhões de dólares por vazamento (cerca de 27,3 milhões de reais), seguida dos setores financeiro, energético, industrial e energético.
As causas para os vazamentos de dados variam entre ataques criminosos (51%), falhas em sistemas (25%) e erro humano (24%).
Os dados chamam atenção para as práticas de proteção de dados e segurança cibernética das empresas brasileiras, que têm, hoje, pouco menos de um ano para se adequarem às novas normas. De acordo com o Art. 52 da LGPD, a infração às leis de proteção de dados pode resultar em multas de até 50 milhões de reais.
A íntegra da pesquisa pode ser acessada em: https://www.ibm.com/security/data-breach
A íntegra da LGPD pode ser acessada em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/L13709.htm