Após reportar “inconsistências contábeis”, em 11 de janeiro de 2023, declarar à Justiça dívidas de R$ 43 bi, e dar entrada em processo de recuperação judicial no dia 19 de janeiro, as Americanas é alvo da instauração, pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), de mais um processo – o oitavo – para apurar as circunstâncias da crise. O número do processo, que tem a data de domingo, é 19957.000759/2023-16. O procedimento foi aberto na Gerência de Orientação aos Investidores a partir da reclamação de um investidor. Além disso, a CVM destacou, em comunicado, que está trabalhando em cooperação com a Polícia Federal e Ministério Público Federal, e afirmou que também mantém diálogo com a Advocacia-Geral da União para coordenar eventual atuação conjunta em juízo.
A reguladora do mercado de capitais também está investigando a atuação das agências de classificação de risco nas emissões das Americanas e a atuação de intermediários, como coordenadores líderes em ofertas públicas da companhia, para apurar irregularidades. Para além, a CVM deu início a uma série de consultas a varejistas e a atacadistas em relação a risco sacado. Nesse contexto, nove companhias de capital aberto já foram indagadas sobre como lidam com as operações que levaram à dívida bilionária da companhia em questão.
Para alguns especialistas, o caso Americanas deve levar outras empresas do setor a revisarem suas próprias contas. Afinal, a agora contestada operação de risco sacado (também conhecida como “forfait” ou financiamento a fornecedores) é comum em todo o mercado de varejo, e as notícias recentes tornarão os auditores ainda mais rigorosos em relação às políticas contábeis.
Para mais informações, acesse o link a seguir: