Coteminas, gigante do setor têxtil no Brasil, liderada pelo empresário Josué Gomes da Silva, entrou com um pedido de recuperação judicial no último dia 6 de maio.
A empresa acumula atualmente uma dívida líquida de R$ 1,1 bilhão e a medida de recuperação foi tomada em meio a uma parceria estratégica com a varejista chinesa “Shein” no mercado brasileiro. A Justiça já concedeu a suspensão das cobranças de
dívidas enquanto o processo tramita.
Os principais credores da Coteminas incluem instituições financeiras de grande porte, como o Banco do Brasil, com uma dívida de R$ 410 milhões, o Bradesco, com R$ 43 milhões, e o ABC Brasil, com R$ 36 milhões. Além disso, há pendências em dólar e outras moedas estrangeiras, evidenciando a complexidade da situação financeira da empresa.
A empresa alega que a pandemia de Covid-19 e outros eventos adversos desde o final de 2020 impactaram negativamente seus negócios, resultando em dificuldades financeiras e motivando o pedido de recuperação judicial. O objetivo principal do processo é proteger as atividades da Coteminas e de suas subsidiárias, evitando danos irreparáveis. A reestruturação das dívidas e o retorno à lucratividade são as principais metas da empresa neste momento desafiador.
O pedido de recuperação foi impulsionado pelo vencimento antecipado de R$ 180 milhões em debêntures, cobrado pelo fundo FIP Odernes, que exigiu ações da Ammo Varejo, controlada da Coteminas, como garantia do pagamento. O processo de recuperação judicial tramita em segredo de justiça, com a decisão judicial de suspender as cobranças de dívidas visando evitar bloqueios e penhoras que possam inviabilizar as atividades da empresa, além de prejudicar o pagamento de funcionários, fornecedores e tributos.
A recuperação judicial pode ter impactos significativos não apenas para a empresa, mas também para seus funcionários, fornecedores, clientes e credores. A Coteminas terá agora o desafio de apresentar um plano robusto para reestruturar
suas dívidas e retomar sua lucratividade, buscando assim garantir sua continuidade no mercado têxtil brasileiro.
Fonte: Economia UOL