Bancos brasileiros impulsionam M&A e projetam expansão em 2025

O mercado de M&A no Brasil se manteve dinâmico em 2024, com bancos brasileiros assumindo a liderança em 50% das transações realizadas na América Latina. As instituições movimentaram US$ 51,2 bilhões em 815 operações, mesmo em um ano marcado pela redução de 25% nas receitas gerais do setor. Destaque para Itaú BBA, BTG Pactual e Bradesco BBI, que atuaram em projetos estratégicos nos setores de infraestrutura, saneamento, energia e óleo e gás. 

Embora o ano tenha registrado menor apetite por transações cross-border, o volume geral de operações cresceu 33%, demonstrando a força do mercado interno. O BTG, por exemplo, praticamente dobrou seu volume em relação a 2023, assessorando negociações como a privatização da Sabesp e a criação da joint venture Ímpar. O Itaú BBA e o Bradesco BBI também se destacaram com operações como a fusão entre Petz e Cobasi e a reorganização societária da Simpar. 

Para 2025, o setor de M&A deve ganhar mais tração, impulsionado pela queda projetada nos juros no Brasil e no exterior. Além disso, leilões em infraestrutura, saneamento e rodovias devem estimular novos negócios. Bancos como Itaú BBA projetam um aumento nas fusões entre empresas locais do mesmo setor, focadas em reduzir alavancagem financeira e aproveitar valuations descontados. 

Apesar de uma presença mais tímida em 2024, investidores estrangeiros devem retomar o interesse no Brasil em 2025, com atenção especial para setores como tecnologia, papel e celulose, agronegócio e energia. Fundos do Oriente Médio, que intensificaram seu olhar para o país, prometem consolidar sua presença, mesmo que os volumes efetivos ainda não tenham alcançado o esperado. 

Com o fortalecimento das operações locais e o retorno gradual do capital internacional, 2025 promete ser um ano de expansão para o mercado de M&A no Brasil. Bancos brasileiros seguem confiantes, consolidando sua posição de liderança e trazendo previsibilidade ao mercado em um cenário de maior estabilidade econômica. 

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