Segundo levantamento realizado pela consultoria e auditoria KPMG em conjunto com a Associação Brasileira de Venture Capital e Private Equity (ABVCAP), os investimentos efetuados por fundos de venture capital em startups brasileiras atingiram um volume recorde de captação durante o ano de 2021.
No período compreendido entre janeiro e setembro deste ano, foram captados R$33,5 bilhões, o que representa um expressivo crescimento de cerca de 200% frente aos números apurados no mesmo período do ano de 2020.
O número de startups que receberam investimentos também representa um novo recorde, totalizando 226 empresas investidas ante 147 no mesmo período do ano de 2020.
O levantamento apontou, ainda, que os setores de softwares, seguros e serviços financeiros, varejo e logística estão entre os favoritos dos investidores.
Piero Minardi, presidente da ABVCAP, acredita que o Brasil está vivendo um momento favorável para o desenvolvimento de atividades de empreendedorismo, apesar das incertezas e inseguranças político-econômicas existentes.
“O capital de longo prazo da indústria de Private Equity e Venture Capital tem sido protagonista desse movimento ao apoiar as empresas com recursos financeiros, conhecimento setorial, melhorias na gestão e acesso ao mercado de capitais”, afirma.
O contexto global, marcado pela pandemia do COVID-19 e por um cenário de aumento de liquidez, frente à queda dos juros nas principais economias do mundo, representa alguns dos fatores que contribuíram para o expressivo aumento na captação das startups brasileiras.
Segundo Roberto Haddad, sócio da KPMG, os números apontados pelo levantamento indicam que há uma grande expectativa no crescimento dos negócios voltados ao meio digital e tecnológico, uma vez que “no mundo todo a pandemia exigiu novas soluções tecnológicas e a expectativa é de que essas mudanças vieram para ficar, o que torna as empresas digitais ainda mais valorizadas”.
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